Hoje quero combater o maior vilão dos estudantes de música: A rejeição à Teoria musical.
Esse vilão é assombra muita gente.
E existem algumas razões para isso.
Mas adianto logo, nenhuma delas tem a ver com o assunto em si, mas sim pela forma como ele é encarado pelas pessoas.
Assim como qualquer ciência, a teoria musical existe para nos ajudar.
Quando dominamos os conceitos da música, temos muitas ferramentas para enriquecer composições e tocar de forma mais consciente.
Mas então, porque ela surge como um vilão na mente das pessoas?
Depois de analisar em detalhes vários livros, blogs, sites, canais do youtube, além de mais de 10 anos dando aula sobre isso pude encontrar algumas respostas para essa pergunta.
Constatei que as pessoas cometem erros graves na hora de pesquisar e estudar teoria musical.
Esses erros acabam criando uma rejeição forte na mente das pessoas.
E aí, temos um caminho sem volta…
Para ajudar você, resolvi compartilhar os 5 erros que você não pode cometer na hora de iniciar sua vida no mundo da teoria musical.
E é claro, como evitar esses erros e estudar de uma forma que leve ao domínio dos assuntos, sem que isso seja um fardo.
Portanto, recomendo que você devore esta leitura e fique blindado às situações que apresentarei.
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Erro #1: A teoria pela teoria
Imagine um cientista louco.
Daqueles que ficam horas, às vezes dias, dentro do laboratório estudando e fazendo diversos experimentos.
Ele sempre busca novas combinações e faz diversos testes a cada semana.
Mas então, os dias vão passando…
Semanas voam…
Passa um mês inteiro…
Seis meses…
E quando ele se dá conta, ele nem saiu de casa em todo esse tempo.
Ficou experimentando, teorizando tudo. Mas a sociedade não faz nem ideia das coisas que ele tem ali.
Todo o conhecimento produzido por ele fica aprisionado dentro do seu laboratório esperando sabe-se lá o que para poder ser utilizado.
Conseguiu Imaginar?
Pois é. Tem muita gente que estuda teoria musical da mesma forma que esse cientista produz seus conhecimentos.
Pense que os experimentos dele são a teoria musical e a aplicação de seus inventos na sociedade são a música, em si.
Não adianta nada ficar estudando diversos assuntos na teoria musical…
Ser o cara na hora de pensar nos conceitos no papel… se quando chega a hora de aplicar no seu instrumento você não consegue.
Assim os inventos do cientista louco devem ser aplicados na sociedade, a teoria musical deve ser aplicada nas músicas.
Ficar preso no mundo das ideias é algo muito perigoso.
Nós estudamos teoria musical para melhorar a nossa capacidade de compreender, alterar improvisar e criar músicas. E não para sermos cientistas da música.
A arte é o que mais importa. Ela não pode ser esquecida.
Portanto, não cometa esse erro na hora de estudar.
Aplique tudo, tudo, tudo no seu instrumento.
Quando você estuda teoria musical e traduz ela em música é como se você tivesse criado um Banco de Dados extremamente útil e poderoso.
Quando você não aplica é como se tivesse apenas um Bando de Dados…
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Erro #2: O Atropelamento de Conteúdos
A vontade e empolgação são ótimos combustíveis para aprendermos coisas novas.
Mas elas precisam ser muito bem reguladas para não atropelarmos conteúdos que devem ser assimilados e revisitados com mais calma.
O grande desafio da música é que cada conteúdo deve ser dominado em todas as 12 tonalidades possíveis.
O desafio não é entender os conteúdos, mas sim dominá-los.
E para atingir esse objetivo precisamos:
- Repetir os principais conceitos que explicam um novo conhecimento;
- Repetir os exercícios sobre esse mesmo conceito no pentagrama;
- Repetir os exercícios sobre esse mesmo conceito no instrumento;
Essa é a Regra de Ouro da música: Repetição leva a perfeição.
Dou muita ênfase ao ‘repetir’ pois as vezes fazemos os exercícios umas só vez e já passamos para outro conteúdo.
Ou então não fazemos um exercício sequer.
E vamos acumulando conteúdo…
Até chegarmos ao momento da Obesidade Mental.
Temos tanta informação guardada dentro da gente, mas não sabemos a melhor forma de trabalharmos e nem temos domínio sobre ela.
Tá, mas como eu sei que já estou pronto para avançar de conteúdo?
O melhor indicador que eu acredito é quando você é capaz de “musicalizar” aquele conteúdo no seu instrumento sem ter que pensar muito.
Por exemplo:
Você estudou sobre Escalas Maiores.
Entendeu como ela é formada. Montou ela em todas as tonalidades utilizando cifras, depois o pentagrama para ficar craque no conteúdo.
Depois disso, chegou a hora de passar para o instrumento.
Se você estiver tocando as escalas em diversos tons e em diversas regiões do seu instrumento, pode se considerar que já está dominando este assunto.
Claro que uma hora ou outra você pode dar uma travada e ter que pensar um pouco mais.
Mas aí é exceção. Não tem problema.
O que não pode é a exceção virar regra.
Trabalhe sua mente com repetições e dê o tempo necessário a ela para dominar os conteúdos que você estuda.
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Erro #3: Começar Pelo Avançado
Este é um dos principais responsáveis por criar a rejeição à teoria musical.
Quando começamos pelo que é mais avançado, nada faz sentido.
Parece que criaram teoria musical para “sacanear” o estudante.
Isso acontece porque a música é, de fato, uma outra língua.
Peça para uma pessoa que nunca tocou um instrumento na vida ir assistir uma aula de harmonia de uma turma de nível intermediário.
É algo simplesmente impossível. E por mais que essa pessoa goste de música, ela achará tudo muito chato.
Peça para eu assistir uma aula de física quântica em uma universidade.
Por mais que eu goste muito do assunto, eu não vou entender nada pois não sei o básico do básico.
Precisamos sempre começar do básico.
Porque as pessoas pulam conteúdos?
A principal razão para isso é a infinidade de informações soltas e jogadas na internet.
Ela é uma faca de dois gumes.
- Por um lado ajuda muito a dar acesso a diversos conhecimentos.
- Por outro, ela nos confunde com tanta informação.
São diversos caminhos para se seguir.
Mas qual é o certo?
Ou, qual é o caminho que se adequa melhor aos meus objetivos?
Esse tipo de consciência é fundamental.
A melhor maneira de evitar isso é buscar um método ou curso que lhe inspire confiança. Que você acredite que vai te trazer benefícios.
E quando escolher se agarre a ele.
A internet pode ser um complemento, mas não desvie do caminho sugerido pelo método escolhido.
Qualquer curso, minimamente decente, possui um cronograma baseado em uma progressão lógica de conhecimentos.
Uma progressão que cada conteúdo depende do anterior. E isso é muito forte na música.
Por exemplo:
Na Opus 3 nós temos uma página que mostra os conteúdos na ordem que consideramos ideal para quem quer estudar teoria musical.
Um dos módulos é sobre acordes.
Mas não começamos por ele pois sabemos que para entender os acordes nós precisamos ser capazes de calcular intervalos.
Logo, o módulo sobre intervalos vem antes de formação de acordes.
Assim como formação de acordes vai ser a base para outros conteúdos, como campo harmônico, por exemplo.
E por aí vai…
Esse exemplo é simples, mas pra muita gente essa sequência de assuntos é algo nebuloso.
Procure uma instrução, seja de um amigo experiente, de um curso ou de um método.
Mas não fique a mercê do sopro dos ventos da internet “gratuita”…
Você pode acabar caindo em assuntos complexos na hora errada. E isso vai criar uma rejeição forte em relação à teoria musical.
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Erro #4: Achar Que Vai Longe Apenas de Graça
Quando aprendemos um instrumento e somos apresentados à Teoria musical é perfeitamente normal buscarmos informações na internet de forma gratuita.
É claro. você está apenas molhando a ponta dos pés nas água antes de mergulhar de cabeça.
Você precisa saber do que se trata, precisa conhecer diferentes formas de aprendizado antes de se decidir se é algo que você realmente quer.
Depois que você firma consigo mesmo “é isso que eu quero!”, está na hora de tomar uma importante decisão…
O universo online é cheio de ofertas de conteúdo gratuito. E isso, por um lado, é muito bom.
Você pode se inteirar à respeito de qualquer conteúdo que deseje.
Com relação a música e a teoria musical isso também acontece.
Você terá acesso fácil aos primeiros conteúdos e até a conteúdos mais avançados.
Milhões de videoaulas e sites falando sobre teoria musical.
Contudo, chega uma hora que o conteúdo gratuito passa a te limitar, ao invés de te elevar. E as principais razões são:
- Existe um perigo de você adquirir informações erradas. O fato de qualquer pessoa poder publicar a ter voz é ótimo,pois democratiza o acesso. Mas as chances de alguém estar passando a algum conhecimento errado são grandes.
- Insisto no nosso papo anterior sobre uma metodologia estruturada. Dificilmente você vai encontrar um caminho bem direcionado e que faça sentido apenas com conteúdos gratuitos. Na maioria dos casos, você tem milhões de conteúdos espalhados pela rede. Saber o que é melhor pra você de acordo com o seu nível atual e objetivos de carreira já é algo não tão fácil de se encontrar por aí.
- Existe uma “limitação própria” de conteúdos online. Você precisa dar valor a algo que lhe é ensinado. Quando isso vem de graça, não demos o devido valor.
Da mesma forma, conteúdos mais avançadas gratuitos, dificilmente conseguem sanar todas as dúvidas que podem ocorrer na música.
Chega um momento em que o gratuito não dá conta da complexidade dos assuntos. Pois, nesse nível não é qualquer um que domina eles.
Aí você precisa de um mentor, um expert que:
- domine os assuntos;
- saiba exatamente o que te passar ;
- saiba como te passar para que você possa alcançar seus objetivos.
Esse “atendimento personalizado” você não encontra de forma gratuita.
E ele é o diferencial se você quer se tornar um músico de excelência.
Para resumir essa ideia, pense em qualquer outra área de conhecimento no mundo.
Engenharia, direito, marketing…
Em todas essas ciências e busca alcançar um alto nível acaba pagando cursos, especializações, pós graduações e tudo mais.
Mesmo que as pessoas cursem uma faculdade pública, isso tem um custo. E além disso, é perfeitamente comum elas pagarem cursos extras para se capacitarem cada vez melhor.
Com a música não é diferente.
O conhecimento online gratuito pode te ajudar bastante.
Mas se apoiar somente nele é algo que vai te manter preso para sempre em um patamar mediano.
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Erro #5: Não Fazer Exercícios (Ou Fazê-los Apenas Uma Vez)
Essa é a Regra de ouro da música: Repetição.
E já comentei sobre ele anteriormente.
A repetição leva a perfeição.
Você pode comprovar isso em qualquer área da vida.
Pense nas pessoas que frequentam uma academia.
Começam com diversos exercícios onde devem ser executadas uma série de repetições em cada um deles.
A cada dia, repetição após repetição, os músculos vão crescendo e o corpo vai ficando mais forte.
E repare que o início acontece sempre com pesos mais leves e o nível vai aumentando gradativamente.
Para a música o processo é o mesmo.
Só que na teoria musical temos a academia da mente.
E, diga-se de passagem, é uma academia da mente que deve ser passada para o instrumento, não adianta ficar só no mundo do papel.
Vários estudantes aprendem conteúdos sobre teoria musical e já avançam para outros sem nem realizar exercícios..
Ou então, realizam muito pouco.
Esse caminho nos leva a obesidade mental. Vários conteúdos acumulados, porém, sem nenhum domínio ou consciência do que fazer com eles.
A cada conteúdo novo, devemos realizar diversos exercícios e repeti-los para que possamos dominar em qualquer tonalidade.
Quanto mais repetimos, mais rápido os pensamentos vem.
É um processo de “fazer a coisa entrar no sangue”.
Se eu te perguntar aqui, agora, qual é a Sétima Maior de Si?! E você demorar mais do que 4 segundos para responder, é porque ainda não domina este assunto, os intervalos.
Pode parecer exagero. Mas não é!
Se você quer estar habilitado a aplicar os conhecimentos de teoria musical no seu instrumento, você tem que ser capaz de fazer esse tipo de cálculo com extrema velocidade em sua mente.
E o caminho para se alcançar esse domínio é através da repetição.
E é através da repetição que estou tentando convencer a você disso.
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Recapitulando:
Vamos relembrar aqui os 5 sinais de que você está estudando teoria musical de forma errada, para você nunca mais cometer esses erros:
- Teoria pela teoria – Ficar apenas no papel e não passar nada para seu instrumento;
- Atropelar conteúdos – Passar de um conteúdo para outro sem dar suficiente tempo para dominá-los;
- Pular Conteúdos – Cuidado com a infinidade de informações pela internet. Se você começar pela matéria errada pode acabar criando uma rejeição sem volta.
- Se garantir no conteúdo gratuito – Existe uma limitação de até onde os conteúdos gratuitos te levam. Uma mentoria, metodologia, ou curso são fundamentais para se alcançar um alto nível.
- Não fazer exercícios suficientes – Repetição, Repetição e Repetição. A Regra de Ouro da música.
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Hora de Começar
Agora que você já sabe o que fazer para ter o melhor rendimento nos seus estudos, chegou a hora de começar!
Acesse a página de Teoria musical em nosso Blog. Comece sua jornada livre de erros e na direção certa.
Lá você terá acesso ao nosso Cronograma de Estudos com os conteúdos separados em módulos, desde os assuntos mais básicos até tópicos mais avançados.
Quero Entender a Teoria Musical Pelo Caminho Certo!
Aguardo vocês lá!
Grande Abraço.
Gabriel Miguez
Opus 3 Ensino Musical.
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